Numa publicação oficial no portal do Governo, que cita um anúncio feito pelo ministro da Informação, e porta-voz governamental, Eugenio Nze Obiang, o executivo equato-guineense anunciou que o montante será "acompanhado por uma mensagem de solidariedade".
O anúncio foi feito após a primeira reunião do Conselho de Ministros da Guiné Equatorial e, segundo Eugenio Nze Obiang, "o apoio e solidariedade à República Popular da China" foi o único ponto na ordem do dia.
"Impactado pela dimensão da tragédia, o chefe de Estado decidiu colocar à disposição deste povo irmão a soma de dois milhões de dólares, para enfrentar as despesas e outras ações relacionadas, para pôr fim a esta dramática situação humanitária", refere o comunicado no portal do Governo de Malabo.
O porta-voz do executivo afirmou que a China "tem sido um parceiro estratégico para o desenvolvimento da Guiné Equatorial".
O ministro apontou também que as suspeitas de infectados com o novo coronavírus na Guiné Equatorial foram apenas um alarme e que "foram tomadas as medidas preventivas apropriadas"
A China elevou esta quarta-feira para 490 mortos e mais de 24.300 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Foram 64 as mortes na China registadas em 24 horas, segundo as autoridades de Pequim.
A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, com o último novo caso identificado na Bélgica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detectado.
Os sintomas associados à infeção causada pelo novo coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.