De acordo com o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (CDC África), há 31 países africanos que decretaram o encerramento total das fronteiras, tendo 12 suspendido voos internacionais e oito impuseram restrições a viagens ou à entrada de estrangeiros provenientes de determinados países.
Segundo a organização regional, Guiné-Conacri, Lesoto, Tanzânia e Zâmbia são os quatro países que ainda não adoptaram medidas mais severas ao exterior.
De acordo com o boletim, emitido na tarde de segunda-feira, o CDC África registou casos em 46 países, acumulando 4.871 infectados desde o início da pandemia, 152 mortes e 340 recuperações.
O norte de África é a região com registo de mais casos e mortes associadas à doença, contabilizando 1.959 infecções, 108 mortes e 224 doentes recuperados. Na África Austral, há 1.357 infectados, cinco mortos e 31 pessoas conseguiram recuperar. A África Ocidental regista 885 casos de infecção, que resultaram em 22 mortes e 70 recuperações.
Nos países lusófonos, Angola confirmou sete casos de infecção pelo novo coronavírus, tendo registado as duas primeiras mortes associadas à COVID-19, Cabo Verde regista seis casos e uma morte, Moçambique confirmou oito, o mesmo número que a Guiné-Bissau.
Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, as autoridades confirmaram 14 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus.
Dos países lusófonos, apenas São Tomé e Príncipe não tem qualquer caso confirmado.
Além de São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Burundi, Sudão do Sul, Comoros, República Sarauí, Botswana, Lesoto e Maláui não têm, segundo o boletim, casos registados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infectou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infecção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.