"Não à obrigação de vacinar, sim à liberdade de escola", "Não à máscara nas escolas, não ao distanciamento", "A liberdade pessoal é inviolável" e "Viva a liberdade", podia ler-se em cartazes transportados pelos manifestantes, a maioria dos quais não usava máscara.
Um dos contestatários tinha uma fotografia do papa Francisco com a palavra "Satanás" e o número "666", considerado um símbolo do diabo.
A multidão era composta essencialmente de militantes antivacinas e das teorias de conspiração, embora a polícia temesse também uma participação significativa de grupúsculos fascistas, próximos deste movimento antigovernamental e antimáscara.
Interrogado antes sobre a manifestação, o chefe do Governo, Giuseppe Conte, respondeu com os números da epidemia em Itália: "Mais de 274.000 infetados e 35.000 mortos. Ponto final".
Conte adiantou estar confiante de que o outono não levará a um novo confinamento geral no país, mas apenas a "intervenções direcionadas" onde for necessário.
Dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde italiano dão conta de 16 novas vítimas mortais associadas à covid-19 e 1.695 casos registados nas últimas 24 horas.
Os totais ascendem agora a 35.534 mortos em 276.338 infetados, dos quais 209.601 foram dados como recuperados, incluindo 583 nas últimas 24 horas.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro na China, já provocou pelo menos 875.703 mortos e infetou mais de 26,6 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço da AFP.