“Os termos e as condições foram validadas”, afirmou Mamadu Adama Diop, chefe de gabinete do presidente da câmara da ilha, Augustin Senghor, à agência France-Presse (AFP), acrescentando que a atividade será retomada no próximo sábado.
A reabertura da ilha, destino popular para o turismo e cuja economia foi gravemente afetada pelos meses de encerramento, é acompanhada pelo uso obrigatório de máscaras, incluindo nas embarcações que transportam os visitantes até à ilha.
De acordo com o responsável do gabinete do presidente da câmara, a reabertura será feita de forma gradual, com oito viagens diárias, ao invés das 12 viagens por dia que se faziam antes da pandemia.
Gorée situa-se a poucos quilómetros da capital do Senegal e tinha sido encerrada aos visitantes desde o anúncio do primeiro caso de contaminação no território senegalês, em 02 de Março.
Desde então, apenas os cerca de dois mil habitantes da ilha estavam autorizados a utilizar os seus barcos com o objectivo de servir a ilha e assegurar o abastecimento de recursos necessários.
Inscrita na Lista do Património Mundial da Unesco, considerado um “símbolo da exploração humana”, Gorée foi um ponto de onde partiram escravos africanos para as Américas ao longo de vários séculos.
Muitos dos habitantes da ilha trabalham no continente, sendo que outros obtêm os seus rendimentos devido ao turismo e aos seus derivados.
“Tudo estava fechado. Estávamos a funcionar a 0%”, disse Mamadu Adama Diop à AFP, explicando que a Casa da Escravatura, o Museu Histórico e o Museu do Mar, assim como os restaurantes, se mantiveram encerrados.
A limitação do acesso à ilha levou a que não fossem detectados casos até ao final de Agosto. No total, o território contabiliza três casos.
De acordo com os dados das autoridades senegalesas, o país regista, desde o início da pandemia, 15.190 casos oficiais e 313 mortes.
Em África, há 37.387 mortos confirmados em mais de 1,5 milhões de infectados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e sete mil mortos e mais de 36,2 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.