“Ao mesmo tempo que trabalhamos com a Rússia para promover os interesses norte-americanos, também trabalharemos para responsabilizar a Rússia pelos seus actos antagónicos e pelas violações dos direitos humanos, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros”, disse Blinken, num comunicado.
Na passada semana, o Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha assinado o prolongamento por cinco anos do tratado russo-americano New START, para a limitação de armas nucleares, dizendo que se tratava de “um passo na direcção certa, embora admitindo que a segurança global continuava ameaçada por causa das crescentes tensões internacionais.
“A extensão do tratado New START garante que temos limites verificáveis para mísseis balísticos lançados por submarinos e bombardeiros pesados, até 05 de Fevereiro de 2026”, disse Antony Blinken.
“O novo regime de verificação permite-nos monitorizar a conformidade russa e fornece-nos uma maior compreensão da postura nuclear da Rússia, incluindo por meio de trocas de dados e inspecções no local, que permitem que os inspetores dos EUA avaliem as forças e as instalações nucleares russas”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano.
O New START é o mais recente, e único em vigor, acordo bilateral deste tipo, que regula o controlo de armas destas duas potências nucleares mundiais.
O seu prolongamento cria a esperança de uma melhoria no diálogo entre Washington e Moscovo, uma semana após a chegada à Casa Branca de Joe Biden, ainda que os dois países já tenham avisado que permanecem firmes nos seus interesses nacionais.
O tratado vai expirar em 05 de Fevereiro e é o último acordo remanescente que limita as armas nucleares dos EUA e da Rússia, depois de ter sido assinado, em 2010, pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, e pelo Presidente russo, Dmitri Medvedev, para limitar cada país a instalar um máximo de 1.550 ogivas nucleares e restringir a 800 o número de aviões bombardeiros com capacidade de lançar mísseis nucleares.
Durante a campanha presidencial para as eleições de 03 de Novembro do ano passado nos EUA, Joe Biden disse ser favorável à extensão do New START, até que seja encontrada uma nova solução, depois de o seu antecessor, o republicano Donald Trump, ter procurado uma substituição para este acordo, incluindo a China nas suas negociações, o que Pequim rejeitou.
Há duas semanas, o secretário-geral da NATO, Jen Stoltenberg, tinha pedido aos dois países para se entenderem à volta do atual tratado New START, acrescentando que um entendimento com a China deve ser tentado mais tarde.