A informação foi avançada por Jason Miller, um conselheiro do antigo chefe de Estado norte-americano. Apesar de os democratas não poderem obrigar Trump a testemunhar no seu próprio processo de 'impeachment', era um esforço adicional para deixar registado nos livros da História do país o episódio que ocorreu em 06 de Janeiro.
No dia em que o Congresso certificava a vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais de 03 de Novembro de 2020, vários apoiantes do então Presidente cessante rumaram ao Capitólio depois de um discurso de Trump que incitava a "combaterem até ao inferno" e resistirem a aceitar os resultados das eleições.
Seguiu-se uma tentativa de insurreição, com apoiantes do Presidente a invadirem o edifício do Congresso, interrompendo a certificação de Biden. O episódio obrigou os congressistas a abandonarem o edifício.
Pelo menos cinco pessoas morreram.
Democratas e alguns republicanos juntaram-se nas críticas à actuação do Donald Trump, a quem apontam o dedo como autor moral deste motim, e, por isso, avançaram com um processo de destituição, que já foi aprovado na Câmara dos Representantes e seguiu para o Senado.
O conselheiro de Trump considerou que o processo de destituição é "um procedimento inconstitucional".
Separadamente, os advogados de Trump consideraram que era uma "acrobacia de relações públicas".
Donald Trump, o 45.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), foi o primeiro a enfrentar dois processos de 'impeachment'.
O julgamento começa na próxima terça-feira.
O representante Jamie Raskin, um dos gestores do processo, solicitou que Trump depusesse "antes ou durante o julgamento no Senado para a destituição", e sob examinação cruzada, sobre a sua conduta em 06 de Janeiro, tão depressa quanto segunda-feira e não depois de quinta-feira, 11 de Fevereiro.
Raskin defendeu que Trump questionou factos críticos no caso, "apesar de provas claras e esmagadoras da sua [dele, Trump] ofensa constitucional".
No seu texto, Raskin especificou: "À luz da sua contestação de alegações factuais, escrevo-lhe para o convidar a prestar testemunho sob juramento, seja antes ou durante o julgamento no Senado, sobre a sua conduta em 06 de Janeiro de 2021".
Acrescentou ainda que se Trump recusar testemunhar, os gestores do processo vão usar a sua recusa contra ele no julgamento.
"Com efeito, apesar de um Presidente em exercício pode mencionar preocupações com distrações dos seus deveres oficiais, esta preocupação não é aplicável aqui, obviamente", considerou.