"Mesmo que a votação final não tenha resultado numa condenação, os méritos da acusação não estão em disputa", disse Joe Biden.
"Este triste capítulo da nossa história recordou-nos que a democracia é frágil. Que deve ser sempre defendida. Que devemos estar sempre vigilantes", afirmou o Presidente dos Estados Unidos em comunicado.
O Senado dos Estados Unidos da América absolveu no sábado o anterior Presidente, Donald Trump, de incitação à revolta no Capitólio, pondo fim ao processo de destituição.
Pouco mais de um mês depois da invasão do Capitólio, que causou cinco mortos, a votação foi de 57-43, abaixo dos dois terços necessários para o 'impeachment' no Senado.
Sete Republicanos votaram para que Trump fosse declarado culpado, o que representa o maior número de sempre de senadores do partido de um Presidente alvo de destituição.
Donald Trump já se congratulou com o resultado e disse que o seu movimento "ainda agora começou".
Numa extensa declaração, o ex-Presidente agradeceu aos seus advogados e defensores na Câmara e no Senado, e afirmou ter cumprido “orgulhosamente” a Constituição e os “princípios legais sagrados” do país.
Minutos após a votação, que absolveu Donald Trump, o líder da minoria Republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que não há "nenhuma dúvida" de que o ex-Presidente foi, "na prática e moralmente, responsável por ter provocado" o ataque ao Capitólio dos EUA.
Porém, McConnell explicou que não votou para a destituição de Trump, porque este "não é constitucionalmente elegível" para tal, porque já não é Presidente.
Por seu lado, o líder democrata Chuck Schumer disse que o voto para absolver Donald Trump será visto "como um voto de infâmia na história do Senado dos Estados Unidos".
A dia 13 de Janeiro, Donald Trump tornou-se no primeiro Presidente na história dos Estados Unidos a ser alvo de dois processos de ‘impeachment’.