Anna Morgan-Lloyd, que tinha descrito anteriormente a invasão como "o dia mais emocionante" da sua vida, mostrou-se arrependida durante a audiência que ditou a sentença, de acordo com vários órgãos de comunicação social norte-americanos.
A apoiante do antigo Presidente Donald Trump foi condenada por um delito menor - entrada sem autorização num edifício público - e vai ficar em liberdade condicional, além de ter de pagar uma multa de 500 dólares.
Morgan-Lloyd, de 49 anos, tornou-se assim na primeira pessoa condenada do grupo de milhares de apoiantes de Trump que invadiram o edifício do Capitólio, em 6 de Janeiro, com o intuito de impedir a confirmação no Congresso da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020.
O juiz Royce Lamberth, que presidiu à sessão, aproveitou a leitura da sentença para criticar a inação do Partido Republicano em relação às investigações aos distúrbios.
O magistrado referiu-se, em específico, às declarações, em Maio, do congressista republicano da Câmara dos Representantes Andrew Clyde, que comparou a tentativa de insurreição a "uma visita turística normal".
Nesse dia, enquanto o Congresso validava a vitória de Biden nas presidenciais, Trump discursou na capital norte-americana, Washington DC, perante milhares de apoiantes, aos quais pediu para "retomarem o país" e "impedirem a injustiça", insistindo na existência de fraude eleitoral, algo rejeitado por todas as instâncias judiciais do país.
Seguiu-se uma marcha em direção ao Capitólio, que culminou com uma invasão ao edifício e vandalização de gabinetes, em particular de congressistas democratas.