De acordo com fontes diplomáticas citadas pela Reuters, a organização quer, nesta segunda viagem à China, realizar auditorias a laboratórios em Wuhan, região onde foram identificados os primeiros casos da COVID-19 no mundo.
Contudo, ainda não há garantia de que Pequim aceitará uma nova missão da OMS, adiantaram ainda as mesmas fontes à agência de notícias britânica.
O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apresentou a proposta aos Estados que integram a organização numa reunião à porta fechada, que decorreu ontem, em Genebra, um dia após o responsável ter afirmado que as investigações estavam a ser prejudicadas pela falta de dados disponibilizados na primeira viagem à China.
Importa recordar que uma equipa de especialistas da OMS esteve durante quatro semanas no centro da cidade de Wuhan. Após a viagem, a organização divulgou um relatório em Março deste ano. As conclusões preliminares apontavam para que o novo vírus tivesse sido transmitido por morcegos aos seres humanos através de outros animais.
Em declarações aos jornalistas divulgadas esta manhã, Tedros Adhanom Ghebreyesus já tinha deixado um apelo à China para que fosse "mais transparente" e que estivesse "mais aberta a cooperar" na investigação da organização para descobrir a origem da pandemia.
Citado pelo The Guardian, o responsável admitiu ainda que foi prematuro excluir desde logo a hipótese do novo coronavírus ter surgido após uma fuga laboratorial.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 4.070.508 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, no final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Press, divulgado esta sexta-feira.