Todas as opções estão sobre a mesa, especialmente se a diplomacia falhar num acordo sobre o programa nuclear do Irão, garantiu Lloyd Austin, durante o Diálogo de Manama, um encontro que se realiza anualmente no Bahrein.
Segundo o chefe do Pentágono, os Estados Unidos da América não abdicam do direito de se defender e aos seus interesses na região, estando determinados a não deixar que o Irão disponha de armas nucleares.
"Que nenhum país e nenhum indivíduo duvide disso. Estamos comprometidos com a nossa defesa, com os nossos interesses, e isso inclui também os nossos parceiros. E estamos também determinados a não deixar que o Irão se equipe com armas nucleares", acrescentou Lloyd Austin.
De acordo com o secretário da Defesa, o principal objectivo dos Estados Unidos é fortalecer as suas alianças no Oriente Médio, mas salientou que o país continua a dispor de dezenas de milhares de militares estacionados na região.
"O compromisso da América com a segurança no Oriente Médio é forte e seguro", insistiu.
Depois de ter retirado em agosto a sua força militar do Afeganistão, os Estados Unidos preparam-se para sair do Iraque até ao final do ano.
Após cinco meses de suspensão relacionada com a nomeação do novo chefe de Estado iraniano, Ebrahim Raïssi, as negociações devem ser retomadas no sentido de recuperar o acordo de internacional de 2015, que impede o Irão de desenvolver armas nucleares.
As negociações envolvem a França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e a República Popular da China.
Os Estados Unidos retiraram-se do tratado, de forma unilateral, em 2018, impondo sanções contra o Irão, mas a nova Administração Biden demonstra vontade em regressar ao tratado.
Em resposta às posições do anterior presidente norte-americano, Donald Trump, Teerão retomou progressivamente a produção de urânio enriquecido, que pode ser utilizado em material bélico.