Os países membros da CEDEAO acordaram impor o congelamento das contas dos membros da junta militar maliana nos bancos regionais, a retirada dos seus embaixadores em Bamaco e a suspensão de todas as transacções comerciais com o Mali, com a excepção de alguns produtos básicos.
A CEDEAO endossa assim as medidas tomadas recentemente numa cimeira da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), disse um participante na reunião que não quis ser identificado, falando de medidas “muito duras”.
Os países que integram a UEMOA são todos membros da CEDEAO.
Estas sanções são ainda mais rigorosas do que as adoptadas após o primeiro golpe em Agosto de 2020. Em plena pandemia, as medidas foram severamente sentidas num país sem litoral e que está entre os mais pobres do mundo e terão forçado a junta, na altura, a concordar com o compromisso de devolver o poder aos civis 18 meses após as eleições, segundo a agência France-Presse.
O Mali vive desde 2012 uma crise de segurança decorrente do surgimento de vários grupos ‘jihadistas’ ligados aos grupos extremistas Al-Qaida e Estado Islâmico, que aproveitaram a debilidade do Estado maliano para avançar pelo Sahel, provocando dois golpes de Estado nos últimos dois anos.