Putin já assinou declaração que reconhece independência de separatistas ucranianos

PorExpresso das Ilhas, Lusa,21 fev 2022 19:25

Presidente russo já assinou decretos que reconhecem a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk.

O presidente russo já assinou os decretos que reconhecem como Repúblicas Populares as até agora regiões separatistas de Donetsk e Luhansk na Ucrânia.

A decisão foi oficializada hoje numa cerimónia transmitida pela televisão estatal. Putin instou ainda o parlamento a assinar os tratados que permitirão o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.

"Considero necessário tomar esta decisão que estava pensada há muito tempo, de reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", referiu o chefe de Estado russo.

Putin pediu também ao parlamento russo para "aprovar esta decisão" para, em seguida, "ratificar os acordos de amizade e de ajuda mútua a estas repúblicas", o que permitirá a Moscovo, por exemplo, enviar apoio militar aos dois territórios pró-russos do Donbass ucraniano.

No seu discurso, o presidente concluiu ainda: "Ao anunciar as decisões tomadas hoje, estou confiante no apoio dos cidadãos da Rússia e de todas as forças patrióticas do país".

Vladimir Putin já tinha anunciado, horas antes, que iria decidir hoje sobre o reconhecimento da independência das regiões separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia, apesar das ameaças de retaliação por parte dos países ocidentais, se o Presidente russo tomasse essa decisão.

UE condena reconhecimento russo

"O reconhecimento dos dois territórios separatistas na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk", reagiram os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Numa mesma mensagem publicada por ambos na rede social Twitter, os responsáveis europeus vincaram que "a UE e os seus parceiros reagirão com unidade, firmeza e determinação em solidariedade", juntamente com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e norte-americano, Joe Biden.

Esta decisão pode levar a União Europeia a tomar medidas. Recorde-se que Josep Borrell já tinha referido isso mesmo no seu discurso desta tarde.

"Se houver anexação, haverá sanções, e se houver reconhecimento [da independência], porei as sanções em cima da mesa dos ministros europeus", precisou o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança.

EUA lançam sanções

Por seu lado os EUA anunciaram que Joe Biden, emitirá "em breve" uma ordem executiva com sanções devido ao reconhecimento pela Rússia das repúblicas separatistas da região ucraniana de Donbass, na Ucrânia.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, indicou em comunicado que a ordem executiva presidencial proibirá novos investimentos, comércio e financiamento dos Estados Unidos para, de ou nos territórios separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

"Prevemos um movimento como este por parte da Rússia e estamos prontos para responder imediatamente. (...) Esta ordem executiva também fornecerá autoridade para impor sanções a qualquer determinado indivíduo a operar nessas áreas da Ucrânia", indicou Psaki.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,21 fev 2022 19:25

Editado porAndre Amaral  em  9 nov 2022 23:28

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