De acordo com fontes do gabinete presidencial citadas pela emissora France Info, o anúncio vai decorrer hoje à tarde sendo que a primeira reunião do Conselho de Ministros ficou agendada para a próxima segunda-feira.
A formação do executivo vai ser conhecida quatro dias depois da nomeação de Borne que na quinta-feira afirmou que ia demorar o tempo (que fosse necessário) para conseguir "a melhor equipa" e os "melhor talentos".
A mesma posição foi demonstrada pelo chefe de Estado que após uma reunião com a presidente da Moldova em Paris disse que iria "tomar o tempo que fosse necessário" para a formação do novo governo.
Mesmo assim, a três semanas da primeira volta das eleições legislativas, que vai determinar a composição da Assembleia Nacional, várias vozes se levantaram exigindo a formação do novo governo o mais rápido possível.
A vontade do chefe de Estado, desde a chegada ao poder em 2017, foi a de reunir políticos e especialistas de todos os campos ideológicos, mas a união de forças da esquerda francesa no quadro das próximas eleições gerais pode motivar a nomeação de figuras mais próximas do centro esquerda.
A nova primeira-ministra nunca militou no Partido Socialista mas foi directora do gabinete da ministra para a Transição Ecológica de François Hollande, Ségolène Royal.
Nos últimos quatro dias, Borne esteve várias vezes no Palácio do Eliseu iniciando consultas, nomeadamente com Bernard Cazeneuve que anunciou a saída do Partido Socialista após a união do PS com outras formações de esquerda para as legislativas de Junho.
Previsivelmente, até à próxima segunda-feira vão decorrer vários contactos de transição de poder entre os ministros que saem e os novos governantes, antes da primeira reunião oficial do Executivo, dia 23 de Maio.