De acordo com a mesma fonte, que pediu anonimato, Varsóvia não vai, por isso, invocar perante os aliados o artigo IV do Tratado do Atlântico Norte que prevê consultas entre os parceiros quando está ameaçada "a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer das partes".
Antes, a Rússia declarou que os ataques realizados na terça-feira atingiram apenas o território ucraniano, acrescentando que o míssil que explodiu em território polaco foi disparado por um sistema de defesa de Kyiv.
"Queremos sublinhar que os ataques de alta precisão (na terça-feira) foram realizados apenas contra o território da Ucrânia, a uma distância de mais de 35 quilómetros da fronteira com a Polónia", disse o Ministério da Defesa russo através de um comunicado.
O incidente na Polónia está a ser investigado pela NATO, dado que ocorreu no território de um dos países da Aliança Atlântica.
Na terça-feira, pouco depois do incidente se ter tornado conhecido, o chefe de Estado da Ucrânia afirmava que a explosão na Polónia fora causada por mísseis russos.
"O que temos vindo a alertar há muito tempo aconteceu. O terror não se limita às nossas fronteiras nacionais. Os mísseis russos atingiram a Polónia", disse na altura o presidente ucraniano.
A Polónia convocou uma reunião de emergência com os aliados da NATO depois de ter anunciado que um "projéctil de fabrico russo" tinha caído em território polaco, junto à fronteira com a Ucrânia, matando duas pessoas.