"A convite do presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o presidente Xi Jinping vai realizar uma visita de Estado à Rússia, entre 20 e 22 de Março", disse o ministério, em comunicado, sem avançar mais detalhes.
Os dois líderes reuniram-se pela última vez em Setembro passado, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), no Uzbequistão. Xi expressou então a Putin "questões e preocupações" sobre a guerra na Ucrânia, de acordo com o presidente russo.
Ambos os líderes expressaram, no entanto, o desejo de fortalecerem os seus laços, num período de tensões mútuas com o Ocidente.
A China afirmou ser neutra no conflito, mas um mês antes da invasão, Xi e Putin proclamaram uma "amizade sem limites", na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim.
O país asiático recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia, mas condenou a imposição de sanções a Moscovo e acusou o Ocidente de provocar o conflito e "alimentar as chamas", ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.
Pequim considera a parceria com Moscovo fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se também rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.
Numa proposta para a paz com 12 pontos, divulgada no mês passado, Pequim destacou a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia, e apelou ao fim da "mentalidade da Guerra Fria", numa crítica implícita ao alargamento da NATO.