Em declarações aos jornalistas, na sede da CNE, após um encontro com Alberto Carlos, chefe da missão de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Felisberta Moura Vaz especificou que estão em causa 300 milhões de francos CFA (457 mil euros) para financiar a operação eleitoral.
"Estamos preparados para a votação do dia 04, apesar de estarmos, na parte financeira, a aguardar a parte que a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] nos vai transferir", disse, acrescentando que "isso não porá em causa a votação" de domingo.
A porta-voz acrescentou que esta verba se destina a financiar a operação eleitoral, nomeadamente para "pagar às pessoas que vão trabalhar no terreno" e reiterou que "a logística está assegurada" para que seja cumprido o cronograma eleitoral.
Por seu lado, o chefe da missão da CPLP referiu-se também aos "constrangimentos financeiros", mas disse ter tido da parte da CNE a indicação de que há "organizações que já estão prontas para financiarem" a verba em falta.
Questionado sobre se está em causa a realização das eleições, o embaixador timorense disse que não tem informações nesse sentido.
"Temos tido vários encontros e até agora não sentimos isso, mas estamos positivos sobre a realização desta eleição", disse.
Perto de 900 mil eleitores estão recenseados para votar nas legislativas de domingo, a que concorrem 20 partidos e duas coligações.
A campanha eleitoral termina na sexta-feira.