O valor registado nos dois primeiros meses do ano excede largamente as previsões dos analistas, que esperavam um crescimento de cerca de 5%.
Entre os três principais sectores em que o GNE divide o indicador, o que mais aumentou em Janeiro e Fevereiro foi o da produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água (+7,9% em termos homólogos), seguido da indústria transformadora (+7,7%) e, por último, das minas (+2,3%).
A instituição destacou a retoma da produção em alguns segmentos, como a produção de impressoras 3D (+49,5%), carregadores para veículos eléctricos (+41,8%) ou componentes electrónicos (+41,5%).
O GNE divulgou também outros dados estatísticos, como as vendas a retalho, um indicador-chave do estado do consumo, que cresceram 5,5% em termos homólogos, uma percentagem que supera as expectativas mais difundidas entre os analistas de cerca de 5,2%, mas que está abaixo da de Dezembro (+7,4%) e do valor global para 2023 (+7,2%).
A taxa de desemprego oficial nas zonas urbanas recuperou uma décima de ponto percentual para 5,3% no final de Fevereiro.
O investimento em activos fixos aumentou 4,2% nos dois primeiros meses do ano, ultrapassando também fortemente o último recorde (+3%) e as previsões dos peritos (+3,2%).
Este último indicador, de acordo com o GNE, teria crescido 8,9% se não fosse o contínuo colapso do investimento em imobiliário (-9% em termos homólogos), uma vez que os outros dois grandes segmentos que o compõem registaram uma recuperação: o investimento na indústria transformadora aumentou 9,4% e o investimento em infraestruturas 6,3%.
Ao longo de 2023, o investimento imobiliário caiu 9,6%, em termos homólogos, o que se somou a outra queda acentuada de 10% em 2022.