África continua sem meios para ter uma dieta saudável - comissária da União Africana

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,18 abr 2024 13:55

A comissária da União Africana assegurou hoje em Rabat (Marrocos) que mais de mil milhões de pessoas no continente continuam sem meios para ter uma dieta saudável em comparação com 42 por cento (%) a nível mundial.

Josefa Correia Sacko, comissária da UA para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, que manifestou esta inquietação na 33ª Conferência Regional para África da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), realçou que este número está a “aumentar vertiginosamente” devido à sobreposição de novas crises.

A diplomata avançou que as estatísticas apresentadas no panorama regional africano da segurança alimentar e nutrição - estatísticas e tendências 2023 - indicam que cerca de 282 milhões de pessoas em África (cerca de 20 por cento da população) estão subnutridas, um aumento de 57 milhões de pessoas desde o início da pandemia da covid-19.

“Precisamos, portanto, de uma acção urgente e abrangente, uma vez que África está a enfrentar uma crise alimentar sem precedentes, que se agrava todos os anos devido à sobreposição de novas crises”, destacou na sua comunicação endereçada à Inforpress.

Para colmatar este mal, que atinge “proporções alarmante” no continente, defendeu como prioritária a promoção de uma melhor produção, transformação ampla, na utilização de alimentos nativos através da intensificação dos investimentos no domínio da investigação, bem como, na salvaguarda da biodiversidade relevante, incluindo a mecanização em toda a cadeia de valor alimentar.

Segundo a mesma fonte, especialista em agro-economia, estas culturas órfãs, incluindo os produtos alimentares não-madeireiros, que compõem os principais alimentos básicos africanos, devem ser considerados como as “culturas de oportunidade”.

Esta estratégia, referiu, vai ao encontro da estratégia “Visão para culturas e solos adaptados” lançada conjuntamente, muito recentemente, pela UA, FAO, USAID e outros parceiros os Agro-Parques Africanos Comuns.

Outra acção urgente, apontou, é a operacionalização efectiva do quadro para a mecanização agrícola sustentável em África(F-SAMA), incluindo o desenvolvimento de tecnologia adaptada às necessidades dos pequenos agricultores, em particular das mulheres e dos jovens.

Por outro lado, reiterou a colaboração entre a UA e a FAO e destacou o apoio na implementação do acordo de comércio livre continental africano, especialmente no que diz respeito à promoção do comércio agrícola para o alcance da soberania alimentar através da redução das importações de alimentos em África.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,18 abr 2024 13:55

Editado porSheilla Ribeiro  em  19 abr 2024 8:52

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