Depois de se encontrar com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, na segunda-feira, o governante prossegue hoje a sua viagem no Egipto, devendo ainda deslocar-se ao Qatar, dois países que, com os Estados Unidos, fazem a mediação entre Israel e o Hamas, em guerra desde o ataque do movimento islâmico palestiniano em solo israelita, a 07 de Outubro.
Depois de ter deixado Israel, o exército israelita anunciou a recuperação dos corpos de seis reféns, que morreram durante uma operação na Faixa de Gaza.
Blinken deverá encontrar-se hoje com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, em El Alamein, na costa do Mediterrâneo.
Vai igualmente reunir-se com o emir do Qatar, o xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, em Doha, onde decorreram na semana passada as últimas negociações sobre Gaza, que deverão ser retomadas esta semana no Cairo.
Israel e o Hamas têm repetido continuamente que concordam com o plano de cessar-fogo apresentado no final de Maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, por sugestão israelita.
Mas o Hamas acusa Israel de ter acrescentado "novas condições", nomeadamente sobre a manutenção das suas tropas ao longo da fronteira entre Gaza e o Egipto, além da lista de nomes de prisioneiros palestinianos que seriam libertados em troca de reféns israelitas em Gaza.
O plano proposto no final de Maio pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prevê numa primeira fase uma trégua de seis semanas acompanhada da retirada israelita das zonas densamente povoadas da Faixa de Gaza e da libertação de vários dos 111 reféns raptados em 07 de Outubro durante o ataque Hamas em Israel e ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Blinken apelou novamente na segunda-feira para que se tente "ultrapassar a linha de chegada o mais rápido possível", dizendo que havia "um sentimento de urgência em toda a região", agora ameaçada por uma agitação mais ampla.
O Irão e o seu aliado libanês, o Hezbollah, prometeram retaliar pela morte, no final de Julho, de um alto comandante do Hezbollah, Fouad Chokr, num ataque israelita em Beirute, e pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismaïl Haniyeh, em Teerão, num ataque atribuído igualmente a Israel.