"No que diz respeito ao Médio Oriente, a região está actualmente numa trajectória de crescente conflito, violência, sofrimento e insegurança. É essencial quebrar este ciclo, e isso começa com um cessar-fogo, no qual estamos a trabalhar", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana, numa conferência de imprensa, na Mongólia.
Blinken acrescentou que tal pressupõe, "em primeiro lugar, que todas as partes falem entre si, que se abstenham de medidas que contribuam para a escalada, que encontrem razões para chegar a um acordo e não razões para o atrasar ou recusar".
Tal como na véspera, em Singapura, Blinken não comentou directamente a morte do líder do Hamas, assassinado em Teerão num ataque atribuído a Israel, e recusou-se a "especular" sobre o impacto que esta poderá ter no cessar-fogo em Gaza, que os Estados Unidos, juntamente com o Qatar e o Egipto, tentam concluir há semanas.
Mas, disse, "acredito que não só é possível, como deve ser alcançado".
"É urgente que todas as partes façam as escolhas certas nos próximos dias, porque essas escolhas farão a diferença entre continuar neste caminho de violência, insegurança e sofrimento, ou avançar para algo muito diferente e muito melhor para todos os interessados", acrescentou.
O assassínio do líder político do Hamas, de 61 anos, e um ataque israelita na terça-feira que matou o chefe militar do Hezbollah libanês, Fouad Chokr, perto de Beirute, suscitaram o receio de um contágio da guerra que se desenrola há quase dez meses na Faixa de Gaza entre Israel, inimigo declarado do Irão, e o Hamas, apoiado por Teerão.