Cerca de 8.000 famílias "foram deslocadas da aldeia de Saloma e arredores", na sexta-feira e no sábado, segundo a OIM, a agência das Nações Unidas para as migrações.
Os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF) atacaram Saloma na sexta-feira, disse Ahmed Rejal, porta-voz de um grupo da sociedade civil do Darfur ligada à coordenação de campos para deslocados e refugiados.
Em guerra com o exército sudanês desde Abril de 2023, as RSF tomaram quase todo o Darfur, uma vasta região no oeste do Sudão, com exceção de El-Facher, que está sob cerco desde Maio de 2024.
Nas últimas semanas, os paramilitares intensificaram os ataques à cidade e arredores, bombardeando campos de deslocados e entrando em confronto com as milícias aliadas do exército.
Em Saloma, "as casas da aldeia foram incendiadas" durante os combates, disse Reja.
A guerra no Sudão causou dezenas de milhares de mortos e desalojou mais de 12 milhões de pessoas, criando a pior crise de deslocações do mundo, segundo a ONU.
No Norte de Darfur, 1,7 milhões de pessoas foram deslocadas e dois milhões encontram-se em situação de extrema insegurança alimentar, ainda de acordo com a ONU.
A fome já está a afetar as áreas de três campos de deslocados internos perto de Al-Facher e prevê-se que se estenda até maio a cinco outras áreas do estado, incluindo a capital, de acordo com o sistema de classificação da segurança alimentar apoiado pela ONU.