Joly, que está em viagem há mais de uma semana pela Europa e África, explicou numa teleconferência com os meios de comunicação social canadianos desde Londres que estes países precisam "de ser capazes de lidar com a imprevisibilidade do presidente Trump".
"É importante que os aliados que estão sob esta ameaça trabalhem em conjunto e trabalhem como uma coligação com os mesmos tipos de contramedidas para responder às tarifas", frisou.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá acrescentou que esta é a razão pela qual viajou para Paris, Londres, Munique e Bruxelas nos últimos 10 dias.
A viagem, que incluiu também uma visita a Joanesburgo, na África do Sul, para participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20, terminará na terça-feira na capital britânica.
As declarações de Joly foram feitas após Trump ter insistido hoje que as tarifas de 25% sobre os seus dois principais parceiros comerciais, o Canadá e o México, "estão a avançar".
As taxas, que foram introduzidas no início de Fevereiro, estão suspensas até 4 de Março.
"As tarifas estão a avançar conforme o planeado", garantiu Trump, numa conferência de imprensa em Washington com o homólogo francês, Emmanuel Macron.
O Canadá alertou que as tarifas vão provocar uma grave crise económica na América do Norte, com dezenas de milhares de empregos perdidos em ambos os lados da fronteira.
Trump adiou a sua entrada em vigor depois de estes países terem acordado em aumentar o controlo fronteiriço para impedir a migração e os fluxos de fentanil.
A Presidente mexicana Claudia Sheinbaum, por exemplo, anunciou em 03 de Fevereiro o envio de 10 mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira com os Estados Unidos em troca de uma pausa de um mês nas tarifas.
O ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, esteve em Washington na semana passada, onde se reuniu com o secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, com quem manteve um "diálogo construtivo", segundo a autoridade mexicana.