No domingo, a Roménia convocou o embaixador da Rússia em Bucareste para denunciar o voo "inaceitável" de um aparelho aéreo não tripulado (drone) russo no sábado no espaço aéreo romeno.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno manifestou ao chefe da missão diplomática russa na Roménia, Vladimir Lipayev, um "veemente protesto" contra uma acção que considerou inaceitável e irresponsável.
No mesmo documento, a diplomacia da Roménia exortou a Rússia a tomar todas as medidas necessárias para evitar que a "violação da soberania da Roménia" volte a ocorrer.
Hoje, a Embaixada da Rússia em Bucareste classificou o incidente como um "ataque de drones da Ucrânia", acrescentando que se tratou de uma "provocação" de Kiev contra a Roménia.
De acordo com uma nota da embaixada da Rússia na Roménia divulgada hoje, o embaixador russo classificou o protesto da Roménia contra a Rússia como infundado.
"Todos os factos sugerem que se tratou de uma provocação deliberada do regime de Kiev", acrescentou a embaixada de Moscovo em Bucareste.
Na mesma nota diplomática, a embaixada da Rússia afirmou que a "acusação infundada" contra Moscovo teve como objectivo "atrair" os países europeus para uma "perigosa aventura militar" contra a Federação Russa.
Durante a noite de terça para quarta-feira da semana passada, 19 aparelhos não tripulados, que se acredita terem sido lançados pela Rússia, invadiram os céus da Polónia.
Tratou-se do primeiro incidente do género desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.
A Polónia tem permanecido em estado de alerta máximo desde a semana passada, assim como os países da Aliança Atlântica com presença militar em território polaco.
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