O director do Gabinete de Investigação Política do Comité Central do PCC, Jiang Jinquan, afirmou hoje, durante a conferência de imprensa que se seguiu ao encerramento da sessão plenária do comité, que o partido vai "continuar a lutar contra a corrupção com determinação" e "ajustar aqueles que não são competentes nas suas funções atuais".
Jiang afirmou que "a integridade política continuará a ser o critério fundamental para a selecção e nomeação de funcionários", em declarações que mantiveram o tom disciplinar da sessão plenária desta semana em Pequim.
O PCC vai "melhorar os sistemas de supervisão do Partido e do Estado" e "reforçar as regras de atribuição e exercício do poder", com o objectivo de "garantir que os funcionários não tenham a audácia, a oportunidade ou o desejo de se envolverem em corrupção", afirmou.
O líder acrescentou que a melhoria da conduta do Partido será "uma tarefa regular e de longo prazo", centrada no combate ao "formalismo, burocratismo, hedonismo e desperdício" e na "redução de encargos desnecessários para os funcionários de base".
De acordo com Jiang, estas directrizes procuram combinar "inovação, economia real e boa governação", com a disciplina partidária como garantia de implementação.
As declarações surgem um dia depois de o Comité Central ter confirmado a expulsão de 14 membros por corrupção, incluindo o general He Weidong, até agora vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC) - o mais alto órgão dirigente das Forças Armadas chinesas - e o almirante Miao Hua, numa das maiores purgas internas dos últimos anos.
As investigações, autorizadas pelo Comité Central e pela CMC, afectaram vários sectores das forças armadas, incluindo os ligados à Força de Foguetes, responsável pelo arsenal nuclear da China.
Nos últimos anos, as forças armadas estiveram no centro de vários escândalos de corrupção que levaram à destituição dos dois anteriores ministros da Defesa e à demissão de altos funcionários responsáveis pelo armamento e pelas aquisições.
Em Julho, a CMC emitiu novas directrizes para reforçar a "lealdade política" e a integridade dos membros, num contexto de crescente escrutínio interno.
A sessão plenária, realizada à porta fechada em Pequim, ainda não aprovou o novo plano quinquenal, mas adoptou orientações gerais que servirão de base para a redacção final do documento.
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