Ajudar, proporcionando condições para que palavras como desenvolvimento, igualdade e segurança façam mais sentido.
E se todos escolhêssemos este caminho? Utopia?...não. É possível.
Neste contexto a arte tem sempre um papel de facilitador. Ela celebra, mas acolhendo, oferecendo ensinamentos, amparando…
Falo disto na sequência do espetáculo que aconteceu esta quinta-feira, onde se celebrou de forma contida e sentida o 75º aniversário das Nações Unidas, num espetáculo promovido pela ONU em parceria com a UE.
Resolvi abordar este momento pois, mais do que as entidades em questão, vi no mesmo a arte a sair vencedora, calma e serenamente rainha, uma arte que proporciona a integração e o sentido de procura da igualdade. Uma arte que enaltece o significado do indivíduo como parte do social, uma arte que é vital para os dias de hoje e que o mundo precisa cada vez mais para que assim sejamos um…um só mundo.
União foi claramente a temática que resplandeceu. A arte ficou contente e fez o mesmo: uniu-se, e através da música… que se cruzou com a dança… que se cruzou com o teatro… que se cruzou com o cinema…conseguiu-se um todo. Talvez o todo que traduzia o conceito levado para o(s) palcos – no dia em que se comemorava o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Sim, poderia aqui enaltecer todo o corpo de produção e sobretudo os artistas. Aliás, enalteço-os aconselhando que vejam o streaming nas páginas das duas entidades.
Contudo, creio ser também ajustado enaltecer do transpor para o palco o conceito… os conceitos e estórias que nos emprestaram mensagens, cabendo depois a cada um usar como melhor entender.
Sim, permitam-me as duas entidades que mencionei, elogiar a iniciativa, numa opinião exclusivamente minha, e que só a dou por saber da liberdade que as mesmas proporcionam.
Obrigado por fazerem lembrar que os conceitos são essenciais para pintar a arte que por sua vez é essencial para todo e qualquer processo que envolva indivíduo e sociedade, bem-estar e um mundo melhor para todos.
Que os artistas e a arte estejam sempre presentes em todas as formas de passar mensagens, celebrando, propondo, contribuindo, participando, incluindo…enfim, fazendo com que sonhos passem a realidades aprendidas.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 994 de 16 de Dezembro de 2020.