Xadrez em alta

PorFrancisco Carapinha,10 abr 2023 8:36

Francisco Carapinha - Presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez
Francisco Carapinha - Presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez

Durante a semana passada, o xadrez nacional esteve ao mais alto nível internacional.

A excelente perfomamce do nosso xadrez, acontedeu de 25 a 31 de Março, em Dimbroko, cidade da Costa do Marfim, onde se disputaram os Campeonatos Africanos da Zona 4.2.

Para este nosso Zonal de 2023, Cabo Verde apresentou-se com uma comitiva de três elementos: os nossos campeões nacionais (Mestre Mariano Ortega para a competição OPEN e Célia Rodriguez para a competição feminina) e eu próprio como árbitro Internacional.

Na véspera do inicio da competição, imediatamente após a cerimónia de abertura, a comitiva Cabo-verdiana ficou surpreendida com as agradáveis noticias que lhe foram transmitidas: os nossos jogadores eram os número um de cada uma das suas competições e eu tinha sido nomeado para árbitro chefe das duas competições (OPEN e Feminina).

Se era dado como certo que Mestre Mariano Ortega fosse o número um da competição OPEN, a constatação que Célia Rodriguez também o era na competição feminina, foi a primeira grande surpresa. A outra, foi a minha nomeação como árbitro-chefe, quando tinha partido de Cabo Verde com a indicação de que iria ser o árbitro adjunto.

Portanto, em grande destaque a nossa representação neste evento que faz parte do calendário oficial da Confederação Africana de Xadrez e da FIDE (Federação Internacional de Xadrez).

Durante a competição, Mestre Mariano Ortega, passeou a sua classe e, com mais ou menos dificuldade, lá foi “despachando” os seus adversários, acabando a competição 100% vitorioso, ou seja, 9 jogos, 9 vitórias.

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Após a penúltima ronda, o nosso Campeão Nacional, já tinha amealhado os pontos suficientes para poder reclamar para si o título de Campeão Africano da zona 4.2, e que já lhe pertencia desde a sua conquista o ano passado em Lomé no Togo.

A nossa campeã feminina começou muito bem somando 2 vitórias nas 2 primeiras rondas.

Depois, nitidamente acusando a responsabilidade der ser a número um do torneio e a falta de traquejo internacional, os maus resultados foram-se acumulando para no final terminar na 6.ª posição, com 5 pontos e a 2,5 pontos de Maud Benson, do Gana, a nova Campeã Africana da Zona 4.2.

Na arbitragem, fui acompanhado por 2 árbitros nacionais da Libéria e uma árbitra Nacional do Togo, por 2 Árbitros FIDE, 1 da Libéria (árbitro PGN) e outro do Gana (árbitro fair-play) e por um Árbitro Internacional da Costa do Marfim ( árbitro ajunto). Embora não tivesse tido necessidade de intervir muito, nas vezes que o fiz, considero tê-lo feito a contento dos intervenientes de tal forma que no final desta minha primeira competição Internacional como árbitro-chefe, o presidente da Federação de Xadrez da Costa do Marfim, apresentou-se como um árbitro muito competente.

Terminadas as competições, regressamos em alta a casa e com mais um título internacional para o desporto cabo-verdiano.

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Para finalizar uma nota: inicia-se esta semana a fase regional da II Taça de Cabo Verde, competição para o qual se inscreveram 75 jogadores e que irá terminar no concelho de S. Salvador do Mundo, de 1 a 4 de Junho, com a realização da fase nacional.
Portanto, é caso para dizer que temos o nosso xadrez, em alta.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1114 de 5 de Abril de 2023.

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Autoria:Francisco Carapinha,10 abr 2023 8:36

Editado porAndre Amaral  em  3 jan 2024 23:28

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