Citado pela Inforpress, o edil da Ribeira Grande afirma que “a barragem não tem ‘uma gota’ de água e não se utilizou ‘uma gota’ da água armazenada” porque o sistema de adução foi destruída e também não se pensou na parte logística, já que não tem energia que permitisse a sua bombagem.
Essas declarações foram prestadas durante a deslocação efectuada à barragem de Canto de Cagarra, no âmbito da visita efectuada à ilha de Santo Antão pelo ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro e pelo ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
Segundo Orlando Delgado “mais de 40% da capacidade de armazenamento da barragem está perdida devido ao assoreamento” e, dianta o autarca, “fazer investimentos avultados para a sua recuperação é gastar recursos de todos”, razão por que recomenda uma avaliação feita por técnicos com capacidade nessa área com vista à tomada da melhor decisão.
O edil diz encarar a situação dessa barragem “com muita tristeza” porque foi uma obra que criou muita espectativa que se “gorou” com a situação actual.
Já o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva considera que a barragem constitui um “passivo ambiental” devido ao assoreamento da albufeira com o material proveniente dos desmontes feitos durante a construção da estrada Manta Velha/Chã de Igreja.
“A pouca distância entre a base da montanha e a própria barragem não permite a sedimentação do material, antes e isso, faz com que esse material acabe dentro da albufeira da barragem” explica.
Por outro lado, segundo o governante, “há um problema de permeabilização da albufeira da barragem tendo em conta que toda a água se perdeu, e não se sabe para onde. Gilberto Silva aponta um outro problema que tem a ver com o facto de o tubo de descarga da barragem estar soterrado.