A PN tornou esta manhã público o relatório anual de actividades referentes a 2017. A apresentação aconteceu no âmbito do XII Conselho de Comandos, que tem lugar até amanhã, na cidade da Praia. Durante este encontro de dois dias está agendada também a apresentação do Plano Anual de Actividades da PN para 2018.
Os dados sobre as ocorrências criminais registadas em 2017 revelam uma diminuição na ordem dos 10,7%, face a 2019, ou seja, menos 2.683 ocorrências do que no ano anterior.
Os crimes contra pessoas registaram uma diminuição de 13,7%, menos 1.690 casos em relação a 2016. Quanto aos crimes contra o património, o relatório aponta uma diminuição de 7,9%, o que se traduz em menos 993 crimes desta natureza.
Tipos de crimes
No topo da lista dos crimes mais frequentes, posiciona-se a ofensa corporal, com 3.393 ocorrências. Mesmo assim, os dados da PN revelam uma redução de 11% em 2017, menos 413 do que no ano anterior.
Com uma redução de 19%, menos 579 ocorrências em relação a 2016, o crime de VBG ocupa a segunda posição no ranking. O crime de ameaça surge na terceira posição, mas também sofreu uma redução de 13,2,%, comparado com o ano de 2016.
Relativamente aos crimes mais graves, o relatório da PN estabelece que o homicídio teve uma redução de 39% em relação a 2016. Ou seja, houve menos 24 homicídios em 2017.
Contrariando a tendência de queda, o abuso de crianças e menores registou um aumento de 7%, ou seja, mais 8 casos do que em 2016. Ao todo, entraram para as estatísticas da PN 126 ocorrências.
Oscilação das ocorrências
2017 foi também um ano mais seguro na Praia, de acordo com a Polícia Nacional. No maior centro urbano do país, o número de ocorrências caiu de 10.295, em 2016, para 8.617 no ano passado, o que corresponde a -16,3%.
Contudo, a diminuição mais acentuada foi verificada na Ribeira Brava de São Nicolau, com uma quebra de ocorrências na ordem dos 40,1%.
Nem tudo são boas notícias e Mindelo tornou-se uma cidade menos segura. Segundo dados apresentados pela PN, São Vicente registou um aumento de 6,9% do número das ocorrências. De 3936, em 2016, subiu para 4208 ocorrências no ano passado. O aumento das ocorrências é assinalado também, ainda que em menor escala, na ilha do Sal, além de Tarrafal de Santiago, Ribeira Grande de Santo Antão, Paul e São Lourenço dos Órgãos.
No município do Paul, ilha de Santo Antão, foi assinalado um crescimento de 31% de ocorrências - o mais expressivo do país. Em Santa Catarina do Fogo, o número de caos reportados às autoridades manteve-se estável.