Óscar Tavares falava com os jornalistas à margem da apresentação do Sistema de Informatização da Justiça que decorreu, hoje, na cidade da Praia.
“Estamos esperançosos que, num horizonte relativamente curto, relativamente a alguns desses quatro processos que nós temos, possamos encontrar soluções a breve trecho”, revela Óscar Tavares.
“Aquilo que nós temos obrigação e compromisso é de fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance, enquanto equipa de investigação, para encontrar uma solução que permite com que possa recuperar as crianças com vida e conseguir responsabilizar criminalmente os agentes deste facto”, salienta.
Segundo informou o Procurador-Geral da República, a equipa de investigação dos casos de desaparecimento estão a trabalhar afincadamente e conta com o apoio da cooperação internacional, ainda que tal não se materializou em ter efectivos aqui no país.
“Há um conjunto de diligências que foram feitas e há uma estratégia traçada para uma segunda fase, que pressupõe um aumento do número de efectivos da polícia que vão acompanhar”, frisa Tavares.
Para o PGR, Cabo Verde está a enfrentar um fenómeno novo e traz desafios. “A solicitação de apoios da cooperação internacional pressupõe que você tenha o trabalho de casa feito. Nós não podemos chamar a cooperação internacional para vir dizermos aquilo que já devíamos saber”, sublinha.
O apoio da cooperação internacional resume-se na realização de exame, mas também na promoção de conferências com investigadores especializados nesta tipologia de ocorrência.
Entretanto, nem tudo pode ser revelado, segundo defendeu o PGR, sob a pena de comprometer a “eficácia da investigação processual e de estratégia”.