Governo satisfeito com nível de execução do programa de emergência

PorAilson Martins, Rádio Morabeza,15 jun 2018 14:59

Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e Ministro da Defesa,  Luis Filipe Tavares
Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e Ministro da Defesa, Luis Filipe Tavares(Rádio Morabeza)

Um total de 48,3% dos mais de 1 milhão de contos do programa de emergência para atenuar os efeitos da seca e do mau ano agrícola 2017/2018 já foram utilizados na implementação do referido programa.

O primeiro relatório de avaliação, a meio percurso, foi apresentado hoje aos parceiros, na cidade da Praia, por Luís Filipe Tavares. O ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, em declarações aos jornalistas, deu conta de alguns dos principais progressos registados.

"Já utilizámos cerca de 48 por cento do volume financeiro posto à nossa disposição. Criámos mais de vinte mil postos de trabalhos. Mobilizámos milhares de toneladas de água para salvamento do gado, estamos a salvar mais de cento e cinquenta mil cabeças de gado, o que é extremamente importante. Isso representa de facto um compromisso sério com as populações rurais, nomeadamente com os agricultores", explica.

Luis Filipe Tavares diz que a preocupação do Governo é criar capacidade de resiliência no país.

"Significa termos uma estratégia clara de mobilização de água.  Temos de pensar em utilizar água do mar, o oceano que temos à nossa frente, para podermos tirar o melhor proveito dos oceanos para agricultura, para garantir o abastecimento às populações e também criarmos, no meio rural, uma forma de agricultura completamente diferente, que não tenha como condição essencial as chuvas. Estamos a trabalhar nesse sentido e, isso é um engajamento forte do Governo. Estamos a preparar o nosso pais para o futuro", avança.

Um dos principais parceiros de Cabo Verde neste programa de emergência é a União Europeia, que disponibilizou sete milhões de euros.

Sofia de Sousa, embaixadora da UE em Cabo Verde, chama a atenção para a gestão da água e afirma que é preciso repensar a agricultura.

"É preciso pensar a médio e longo prazo, também. As barragens estão vazias, se não tivermos chuva nos próximos tempos vamos ter uma situação ainda mais grave e é preciso repensar a agricultura e criação de gado, para que esteja adaptado à penúria da água", sublinha.

O programa de emergência para atenuar os efeitos da seca e do mau ano agrícola foi implementado pelo Governo em 2017 e está a cinco meses do seu término.

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Autoria:Ailson Martins, Rádio Morabeza,15 jun 2018 14:59

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  10 mar 2019 23:22

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