“A nossa perspectiva é de longo prazo. Queremos estabelecer uma relação permanente e duradoura em Cabo Verde e queremos acreditar, ainda sem ter planos para expansão, que esta parceria pode ser o início de uma nova de expansão da empresa para um mercado que muito nos interessa”, disse ao Expresso das Ilhas, Alexandre Alves, Director da Sevenair.
“O nosso compromisso é evidente quando temos previsto formar e certificar pilotos e técnicos de manutenção aeronáutica, apostando de forma muito clara na capacitação destes profissionais de Cabo Verde e na transferência de conhecimento”, reforçou aquele responsável respondendo à questão de uma possível interesse da companhia entrar no mercado nacional.
Quanto às datas de chegada dos aviões, um Jetsream32 (ver detalhes da aeronave aqui) e dois C212-100 Aviocar (ver detalhes da aeronave aqui), Alexandre Alves disse que a empresa está a “desenvolver todos os esforços logísticos para ter a aeronave disponível no prazo de três semanas. Trata-se da aeronave que, até há menos de um mês, efectuava o transporte de passageiros entre as ilhas portuguesas da Madeira e Porto Santo. A aeronave está totalmente operacional do ponto de vista técnico, o prazo que irá demorar está relacionado com a necessária manutenção para o início de uma nova operação de serviço de transporte aéreo e a antecipação de algumas manutenções de forma a que a aeronave não fique imobilizada por esse motivo aquando do início da operação”.
Mais demorada será a chegada dos Aviocar. O director daquela empresa portuguesa de aviação explicou ao Expresso das Ilhas que se tratam “de duas aeronaves que a Sevenair adquiriu à Força Aérea Portuguesa, de um lote de seis aeronaves no total, na sequência de um concurso público internacional. Estas aeronaves são particularmente aptas para o serviço de transporte de carga ou passageiros, em qualquer situação, incluindo emergência médica, vigilância aérea, operações de observação costeira, etc. É um modelo muito versátil, atendendo à sua porta de abertura traseira e demais características técnicas, e aconselhado para a realidade arquipelágica de Cabo Verde, pois as operações de descolagem e aterragem são efectuadas em praticamente todas as condições climatéricas e de pista, não necessitando de uma grande extensão para aterrar/descolar. Estas aeronaves vão ser avaliadas por uma entidade independente e permutadas por um avião Dornier228 que está ao serviço da Guarda Costeira de Cabo Verde. Até ao fim do ano todo o processo de avaliação e de preparação técnica destas aeronaves estará seguramente concluído”.