De acordo com fonte diplomática, a proposta deverá ser analisada na reunião do Conselho de Ministros da CPLP de segunda-feira, que antecede a conferência de chefes de Estado e de Governo, marcada para terça e quarta-feira, na ilha do Sal.
A ideia é, no quadro do desenvolvimento da cooperação económica e empresarial no espaço lusófono, um dos pilares fundadores da CPLP, criar um fundo com participações públicas e privadas, ao qual, além dos Estados-membros, eventualmente também se pudessem associar países Observadores desta comunidade.
O projeto em cima da mesa prevê que os ministros dos nove Estados-membros da CPLP responsáveis pelas pastas das Finanças, Economia e Comércio se reúnam até meio do próximo ano para tratar desta matéria e dos respetivos instrumentos regulatórios.
O objetivo é reforçar a cooperação económica e empresarial na CPLP e ajudar à erradicação da pobreza e ao desenvolvimento sustentável dos diferentes Estados-membros desta organização fundada há 22 anos.
A CPLP é atualmente composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e na cimeira da próxima semana, na ilha do Sal, está prevista a presença de todos os chefes de Estado, exceto o timorense – o que marca uma diferença face a anteriores cimeiras.
Este facto foi assinalado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, na Assembleia da República, na semana passada, que referiu que, além dos chefes de Estado, também todos os chefes de Governo tinham confirmado a sua presença, o que não se verificava há muitos anos.
Países de vários continentes como o Japão, o Senegal, a Namíbia, a Turquia e o Uruguai são Observadores da CPLP, e outros como a Itália, o Luxemburgo e a França pediram recentemente esse estatuto, que lhes poderá ser concedido nesta XXII Cimeira.