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De acordo com o relatório e contas de 2017, o resultado líquido da Empresa de Mobilidade e Estacionamento da Praia (EMEP) foi de 9.409.006 escudos. No ano anterior (2016), esse valor tinha sido de 4.407.892 escudos, ou seja, menos de metade do alcançado no exercício de 2017.
O administrador da EMEP, Mário Gomes Fernandes, numa nota que acompanha as contas da empresa, reconhece que a empresa enfrentou, "logo nos primeiros dias, tamanhos constrangimentos, fruto de diferentes interpretações por parte de certas entidades administrativas, sobre as normas que regulam o estacionamento em zona de estacionamento de duração limitada".
Estas interpretações "foram submetidas à apreciação judicial, tendo o Tribunal da Comarca da Praia, por sentença proferida em Março de 2016, já transitada em julgado, dado razão à EMEP, S.A.".
Os primeiros quatro anos e meio da empresa foram, como assume Mário Gomes Fernandes, um "conturbado tempo".
Desde o anúncio da introdução dos parquímetros na Cidade da Praia, nomeadamente no centro histórico do município, o Platô, foram vários os protestos contra o estacionamento pago e em Junho de 2013 chegou mesmo a realizar-se um buzinão nesta zona da cidade contra a instalação de parquímetros.
Segundo o administrador da EMEP, e de acordo com dados da Direcção-Geral dos Transportes Rodoviários, entre 2013 e 2017, registou-se um aumento de 6.411 novos automóveis ligeiros na ilha de Santiago.
"Não estaríamos a exagerar se afirmarmos que pelo menos 65% desses automóveis estarão a circular na Cidade da Praia, o que equivale a um aumento de cerca de 4.200 novas unidades", referiu.
