Victor Coutinho disse que a EMEP foi criada com um pressuposto “muito claro”, pensar a mobilidade na Cidade da Praia.
“A EMEP surgiu com o objectivo de pensar a mobilidade na capital, para antecipar e antever um conjunto de fenómenos, pois se nós não regularmos o tráfego, podemos chegar ao ponto de não retorno e um caos total a nível de trânsito”, explicou.
No caso concreto do estacionamento, que tem sido a parte mais visível, Coutinho lamenta que este se tenha transformado numa “arma de arremesso político de grande alcance”.
“Descaracterizou-se completamente todo um sector disciplinar”, referiu, sublinhando que o próprio Código de Estrada prevê a existência de estacionamentos limitados, como forma de regulação.
O novo responsável defende um conjunto intervenções na Cidade da Praia, principalmente a zona de Plateau, que passam pela requalificação dos passeios, intervenções na sinalização e ter uma “cidade também inclusiva”, que “pensa na acessibilidade”.
“O Plateau tem por volta de mil estacionamentos, mas a sua procura é de longe superior à oferta, tendo na sua natureza serviços instalados, vários comércios e uma demanda também enquanto centro histórico para visitas e passeios”, declarou Victor Coutinho.
Para o responsável há um conjunto de actuações necessárias, para dar resposta “à verdadeira missão da EMEP”, sobretudo “na forma como lida com os utentes”.
Victor Coutinho substitui Mário Fernandes à frente da EMEP, deixando de exercer o cargo de bastonário da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde, função que vinha desempenhando desde 2014.