Segundo a filha, Adalgisa Pereira, em declarações hoje à Rádio Morabeza, Eloisa permaneceu durante todos estes dias no aeroporto, depois de lhe ter sido exigido o pagamento de mais 100 euros, cerca de 11 contos, para poder apanhar outro voo. Sem dinheiro para pagar o montante necessário, sem bateria no telemóvel e sem saber falar uma língua estrangeira, a cabo-verdiana esteve durante praticamente cinco dias no aeroporto, à espera de poder contactar alguém, o que aconteceu só na manhã desta quinta-feira.
“A informação que a minha mãe nos passou é que perdeu o voo porque estava num ambiente diferente. Era para estar na [porta] A5 mas ela se encontrava na A2. Tentou contactar os funcionários e ficou a saber que tinha que pagar 100 euros. Como não tinha, colocaram-na sentada à espera de alguém para contactar e pagar os 100 euros para que ela pudesse viajar. Todos estes dias ela esteve sentada no banco, sem atendimento, sem comida nem água”, conta.
Eloisa Mendes está bem, foi encaminhada para um hotel e deve partir ao início da noite para Luanda. A família está aliviada.
“Sim, já estamos aliviados. Na verdade, a família não queria que ela continuasse com a viagem. Pedimos para voltar mas ela disse que tem que ir porque é trabalho, já está comprometida e a patroa está preocupada”, diz.
De férias em Cabo Verde, a mulher saiu do aeroporto internacional Nelson Mandela, na cidade da Praia, para Luanda, com escala em Marrocos, e deveria ter chegado ao destino na madrugada do dia 30. A família de Eloisa disse ter contactado as autoridades marroquinas, que não deram qualquer informação