Em declarações à Inforpress, Danielson Veiga, empossado ontem, defendeu ainda uma política de reconhecimento do mérito, sublinhando que ser médico não é “apenas trabalhar e ver doentes, é muito mais do que isso”.
“Nem todos são iguais e se existem uns que se dedicam mais do que os outros, esses devem ser merecedores de um reconhecimento. Além destas medidas, queremos estar mais próximos da classe e do ministério com quem queremos abordar a questão da promoção e competência”, realçou.
Conforme Danielson Veiga, a vida de um médico deve ser acompanhada de várias formas, começando pela sua formação contínua, até ao incentivo para a participação num congresso no país ou no exterior.
Para dar corpo à reciclagem continua, o Bastonário quer junto do Ministério da Saúde, conseguir aderir à rede nacional da telemedicina, com a colocação na Ordem dos Médicos de um aparelho, para que possam ter acesso e participar em congressos.
Por isso, para o próximo triénio, Danielson Veiga quer unir os médicos para pôr em andamento a ideia de, anualmente, eleger os 20 melhores médicos do país.
“Isso só vai melhorar o atendimento médico/paciente. Na nossa profissão, temos de zelar pela competência e valores. É triste quando vemos que ainda existem no país pessoas com diabetes e que amputadas, por dificuldades da doença, quando existem meios de prevenção e que podem salvar o pé do doente”, disse.
No que tange a situações de mau atendimento ao paciente, o actual Bastonário é de opinião que o direito dos utentes deve ser salvaguardado e que quando existirem queixas, estas devem ser respondidas, como prova de boa conduta do hospital e do médico.
No que toca à responsabilidade da Ordem do Médicos, defendeu que para actuar a ordem tem te ter uma participação do doente e testemunhos que comprovam a razão da queixa, o que a seu ver não tem acontecido, pois, afirmou, quase nunca os doentes fazem participação dirigida à Ordem.
A Ordem dos Médicos de Cabo Verde tem inscritos cerca de 600 médicos, a nível nacional.