"Isto é bastante chocante para as pessoas como nós, com vários anos de mergulho”, avança Corrine Almeida que acredita existir também " uma pesca de peixes e de marisqueiros sem qualquer controlo , junto à costa, que precisa ser planeada e gerida".
A bióloga-oceanógrafa pede atenção urgente das autoridades às questões que têm que ver com a sustentabilidade do sector, bem como a aplicação de medidas que promovam uma pesca mais responsável.
“Não é de não usar, mas usar com responsabilidade, para garantir uma captura sustentável”, afirma a também docente da Universidade de Cabo Verde.
Corrine Almeida chama atenção para a importância do monitoramento da pesca artesanal, mas também da industrial para que se possa analisar o impacto das capturas.
“O facto é que esta pesca não tem qualquer controlo e os dados não são disponibilizados para serem analisados por pessoas com conhecimento na matéria, tanto para pessoas comuns saberem se há impacto nas capturas, mas também para os especialistas fazerem estudos”, reforça oceanógrafa.
No que toca a acumulação de plástico nos mares nacionais, Corrine Almeida considera não ser uma “situação dramática”, como em outras paragens, mas que “não impede a adopção comportamento adequado, nomeadamente na redução do uso de plásticos”.
A praia da Laginha foi palco das actividades realizadas em São Vicente para assinalar o Dia dos Oceanos.
A limpeza aquática na enseada do coral, colocação de um contentor, em formato de peixe, na praia da Laginha para recolha de lixo plástico foram algumas das actividades, “para sensibilizar a população sobre o impacto das acções humanas na preservação dos oceanos” .