Dados que foram avançados pelo director de saneamento da câmara municipal, Domingos Lobo, que apresentava na quarta-feira o “Plano Sanitário da ilha da Boa Vista no horizonte 2016/2036”.
Para o director, “de uma forma geral, o plano é uma preocupação para Cabo Verde, no sentido de dar melhor tratamento aos resíduos sólidos”.
"Para que haja um turismo sustentável e melhor qualidade de vida”, estabelece.
Segundo Domingos Lobo, para implementar o projecto, será necessário um investimento de 3,8 milhões de euros, sendo 672 mil euros na recolha e 3.219 mil euros no centro de tratamento. O custo de investimento agregado, ao longo dos 20 anos, é de 9,30 milhões de euros.
“Se queremos uma ilha sadia, sem lixos, para que haja mais atracão de turistas é necessário investir”, disse a mesma fonte.
O projecto descarta a recolha de lixo porta-a-porta e coloca o enfoque na separação do lixo. O director autárquico aponta constrangimentos neste tipo de recolha, “o custo de combustível e manutenção dos veículos, a emissão de gases, abandono do lixo na via pública, incompatibilidade de horário da recolha com o do trabalho dos habitantes”.
A recolha diferenciada será feita através de ecopontos e vai permitir a compactação dos resíduos.
A autarquia prevê a implementação do projecto para 2020, depois da aprovação na Assembleia Municipal e aval da Direcção Nacional do Ambiente.
“A partir do processo de aprovação dos eleitos municipais e deferimento positivo da tutela, será então a hora de procurar financiamento e efectivar o plano”, estima Domingos Lobo.