Primeira-dama defende formação adequada para reclusas

PorSheilla Ribeiro (estagiária),13 set 2019 13:07

A primeira-dama, Lígia Fonseca, afirmou hoje, à margem de uma conversa aberta com mulheres reclusas na cadeia da Praia, que é preciso levar para dentro do estabelecimento prisional a formação adequada para o mundo que as mulheres vão encontrar quando terminarem o cumprimento da sua pena.

O tema “os desafios das mulheres reclusas na actualidade” levou Lígia Fonseca, esta manhã, à Cadeia Central da Praia.

Segundo a Primeira-dama, até há alguns anos, as reclusas saíam do estabelecimento prisional com formação de cabeleireiro, tratamento pessoal, ou corte e costura. Dessa forma, conseguiam alguns rendimentos. 

“Se o nível da idade das mulheres aqui é de 38 anos, quando elas saírem daqui, tendo cumprido 4, 5, 8 ou 10 anos, já estão com uma idade muito avançada para conseguirem um emprego. Então, têm de serem dotadas de uma formação que lhes permita trabalharem em concertação com outras mulheres, no empreendedorismo, no corporativismo. Para isso, elas têm que ter uma formação técnica”, defende.

A cadeia, conforme disse, não serve apenas para punir a prática de um crime, mas também para ajudar a uma reflexão sobre o que se fez de errado. Na mesma linha, acredita a primeira-dama que as reclusas devem ter uma preparação, antes de voltarem para a sociedade que, nos dias de hoje, muda a uma “velocidade muito grande”.

Ao mesmo tempo, a sociedade deve desenvolver a capacidade de olhar para os ex-reclusos e dizer que todas as pessoas têm direito a uma segunda oportunidade.

“Porque cometeram um erro uma vez, não quer dizer que são sempre elas as responsáveis por todos os erros que acontecem”, acredita.

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Autoria:Sheilla Ribeiro (estagiária),13 set 2019 13:07

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  3 jun 2020 23:20

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