Num texto publicado no Facebook, o Ministério da Administração Interna anunciou que esteve reunido com a Aliança dos Pastores Evangélicos de Cabo Verde para analisar o caso dos 42 missionários evangélicos que foram impedidos de entrar no país quando chegaram ao aeroporto do Sal entre os dias 14 e 17 de Janeiro.
“Em audiência com o Governante, os membros da Aliança dos Pastores Evangélicos reconheceram que houve falhas da parte da organização e falta de conhecimento dos procedimentos a ter em conta nestas deslocações o que acabou por ditar esta situação”, afirma o MAI.
“O facto de não terem visto de entrada, de não terem feito o pré-registo, de não terem indicado o local de estadia, a falta de meios económicos de subsistência para o período pretendido de estadia ou de um termo de responsabilidade previamente validado pela DEF e o facto de não ter havido contacto prévio da organização com as autoridades, impossibilitou-lhes a entrada no território nacional num primeiro momento, o que veio a acontecer mais tarde, quando a Embaixada do Brasil assumiu esses encargos”, lê-se ainda no comunicado emitido pelo MAI.
Na passada segunda-feira, Ministério das Relações Exteriores do Brasil, através do Portal Consular Itamaraty, a emitir um alerta, desaconselhando, “momentaneamente”, a vinda a Cabo Verde de “viajantes em missão religiosa e trabalhadores voluntários em ONGs dessa natureza”.
O anúncio foi difundido igualmente pela Embaixada do Brasil em Cabo Verde.
Conforme fontes diplomáticas, o aviso visava essencialmente ser uma “medida de segurança para evitar problemas”. Pretendia-se o esclarecimento de todos os requisitos e procedimentos impostos pela lei de Cabo Verde para poder avisar a comunidade sobre os mesmos, para que tudo decorra de forma tranquila.
Ao longo dos anos, milhares de brasileiros, missionários evangélicos e de outras religiões, têm entrado em Cabo Verde sem que haja registo de qualquer incidente.