A vítima foi submetida a uma cirurgia de urgência, mas acabaria por falecer.
O enterro dos mandingas é uma espécie de “cerimónia fúnebre” que, tradicionalmente, acontece em São Vicente no primeiro domingo após o dia do Carnaval.
Durante “o enterro”, vários grupos vestem-se com saias de sisal, pintam-se de preto, executam danças galopantes ao som de músicas carnavalescas e, durante o cortejo que passa por várias zonas, arrastando multidões, carregam um caixão simbolizando “os restos mortais do Carnaval”.
Com início na Ribeira Bote, o cortejo deste domingo passou pelas zonas de Fonte Inês, Cruz João Évora, Fonte Meio, Madeiralzinho, Chã de Alecrim, Lajinha e terminou na Avenida Marginal à frente do antigo Cais de Alfândega, onde o caixão foi lançado ao mar.
Segundo o antropólogo e investigador Moacyr Rodrigues, os mandingas surgiram no Mindelo, em 1940, quando um barco que trazia amendoim ou arroz da Guiné com um grupo de Bijagós, aportou no Porto Grande. No Mindelo, os homens executaram uma dança que ficou marcado no seio dos sanvicentinos que a copiaram e adaptaram.
Em São Vicente, ajuntou, não sabiam que eram Bijagós e resolveram apelidá-los de mandingas.