Em declarações à Inforpress, João Vaz Antunes afirmou que este tem sido o “maior desafio” para os proprietários de táxis, uma vez que muitas viaturas estão ainda paradas por causa do rendimento que é “nulo” ou “praticamente inaceitável”.
“Temos um grosso expressivo de proprietários que contraíram empréstimos para a aquisição de nova frota e, portanto, com a paralisação, ficou-se nessa expectativa. Ainda não temos uma resposta. Não pensávamos que seria um tanto quanto mais célere”, prosseguiu.
Para este responsável associativo, dever-se-ia suspender o pagamento e não manter o pessoal como está até agora, “com problemas, com dívidas no banco à espera de respostas”.
Ainda nas suas declarações, João Vaz Antunes revelou que se encontraram recentemente com a Direcção Nacional da Saúde e ficaram a saber que seria possível terem uma empresa parceira na questão da desinfecção das viaturas.
“Com a Delegacia de Saúde queremos também introduzir uma mini formação na questão da higienização pessoal e das viaturas para reforçar esse sector de transportes, para que o pessoal que utiliza os táxis tenha a sensação de estar bem protegido”, prosseguiu.
Para João Vaz Antunes, urge necessariamente que haja esta continuidade de parcerias e talvez “meter a câmara municipal nisto”, que até agora, conforme disse, não os terá “tido nem achado”.
“Eu acho que a câmara está a funcionar connosco de costas voltadas, o que não é normal. Deveríamos estar em estreita relação de parceria e de entendimento, porque a câmara é um poder e queremos que use o seu poder de influência e interfira junto da Sociedade Interbancária e Sistemas de Pagamentos (SISP), no sentido de introduzirmos o sistema de cobrança via rede Vinti4 nos táxis, de modo a evitar o contacto permanente com o dinheiro”, revelou.
A associação entende, conforme João Vaz Antunes, que não tem poderes de influência e, por isso, entende que seria importante entrar a parceria do Governo, através da Direcção-geral dos Transportes Rodoviários (DGTR), ou mesmo da câmara.