Na cidade da Praia surgiram 21 casos e a ilha do Sal conta com dois doentes. A grávida que foi evacuada para São Vicente, para receber cuidados obstétricos na maternidade do Hospital Baptista de Sousa, conforme Artur Correia esse caso é contabilizado como sendo caso de São Vicente importado da ilha do Sal.
Segundo Artur Correia, esses 22 casos divulgados hoje, seis fazem parte dos testes rápidos realizados na comunidade e que a técnica de PCR confirmou que de facto são positivos. E 11 desses 22 casos são das pesquisas desses contactos e os restantes de controlos e há um caso de ontem, analisado de ontem para hoje que é o novo caso na ilha do Sal.
Dos 458 casos de COVID -19, 141 recuperados são do concelho da Praia, 53 da Boa Vista, três de São Vicente, um em São Domingos, um em Tarrafal e um em Santa Cruz. Há ainda quatro casos suspeitos de ontem, todos da cidade da Praia. Em relação aos doentes internados, hoje até às 15h00, disse que tínhamos 248 doentes, sendo 243 na Praia.
Em relação ao doente de Tarrafal disse que não teve alta, porque teve sintomas. “O critério para alta são dois testes negativos. E tinha feito ontem só um teste, e já recolheram a amostra para realização de mais um teste, se der negativo vai ter alta como doente recuperado”.
E frisou que Santa Cruz continua com os dois casos, mas já tinha recuperado um na semana passada, e “aproveito para esclarecer que o caso que foi relatado como sendo de Tarrafal de Santiago, é uma pessoa que vive em Santa Cruz e trabalha em Tarrafal, e enquanto pesquisa epidemiológica resolvemos e decidimos enquadrá-lo como um caso de Santa Cruz e está em Santa Cruz até se concluir o processo de investigação para vermos se de facto é um caso de Santa Cruz ou se podemos ver a possibilidade de ser de Tarrafal”.
Artur Correia disse que aumentou o número de pessoas em quarentena a nível nacional, e que isso tem a ver não só com a dinâmica de novos casos e de pesquisas de contactos directos e indirectos, mas também da entrada no país de pessoas que estavam no exterior e que regressaram e ficaram em quarentena obrigatória nos hotéis.
A evolução da epidemia tem sido de forma gradual. “Agora temos a ilha do Sal com caso de COVID -19, mas todas as ilhas estão em risco, sempre disso isso, e já sabemos que é assim”, disse.
Conforme explicou, na Boa Vista temos uma situação já consolidada, com cinco semanas consecutivas sem nenhum caso de COVID -19, e “na Praia há uma curva epidérmica típica que nos deixa com alguma tranquilidade, mas com alguma responsabilidade e preocupação, sobretudo agora que estamos numa fase pós estado de emergência”.
“Todas as ilhas têm que estar vigilante e preparadas para conter eventualidade, daí o apelo a responsabilidade mesmo na ausência de estado de emergência, as pessoas devem continuar com as medidas de distanciamento social, evitar aglomeração de pessoas, respeitar as distâncias para serviços públicos, usar máscaras e praticar todas as medidas de higiene recomendadas”, sublinha.
Artur Correia referiu que há tendência das pessoas em usar e abusarem um pouco desta fase de desconfinamento. “Um apelo que faço em nome do Ministério da Saúde é que haja responsabilização e que as pessoas tenham consciência que tudo o que fizerem em relação as boas práticas de prevenção a COVID -19, é para a sua saúde, para saúde dos seus familiares e para a saúde de toda a comunidade”.
Em relação aos testes, já passamos para uma nova fase e estão a intensificar a utilização dos testes não só os rápidos, mas também os testes PCR.
Mundo
O director responsável pelas alterações climáticas, gestão de recursos naturais e tecnologia na Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Jean-Paul Adam, defende que a pandemia da COVID-19 representa oportunidades na área da tecnologia.
Jean-Paul Adam sublinhou que os países africanos devem lidar com as vulnerabilidades que perturbam a transformação digital e exemplificou com o alto custo das ligações à internet e as dificuldades na gestão da largura de banda.
Segundo um balanço da agência AFP, a pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 372.047 pessoas e infectou mais de 6,1 milhões em todo o mundo desde Dezembro. Pelo menos 2.574.100 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de Fevereiro, são o país mais afectado em termos de número de mortes e casos, com 104.383 e 1.790.191 casos, respectivamente. Pelo menos 444.758 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afectados são o Reino Unido, com 38.489 mortes para 274.762 casos, Itália com 33.415 mortes (233.019 casos), Brasil com 29.314 mortes (514.849 casos) e França com 28.802 óbitos (188.882 casos).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de Dezembro, contabilizou 83.017 casos (16 novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.307 curados.
A Europa totalizou 178.294 mortes para 2.161.645 casos, Estados Unidos e Canadá 111.731 mortes (1.881.118 casos), América Latina e Caraíbas 51.561 mortes (1.022.471 casos), Ásia 16.539 mortes (554.648 casos), Médio Oriente 9.569 mortes (407.336 casos), África 4.221 mortes (147.068 casos) e Oceânia 132 mortes (8.574 casos).
Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Portugal, com 1.424 mortes registadas e 32.700 casos confirmados é o 24.º país do mundo com mais óbitos e o 29.º em número de infecções.