A Administração da ENAPOR, avançou, em nota de imprensa, que o porto de Vale de Cavaleiros se encontrava“ excepcionalmente congestionado, com todos os berços de atracação ocupados e dois navios em operação de descarga de combustível e materiais de construção civil”, o que levou o navio, que fazia a ligação entre os portos de Furna (Brava) e o de Vale dos Cavaleiros (Fogo) a esperar cerca de uma hora para atracar.
O navio transportava uma dezena de passageiros da Cidade da Praia e outros tantos passageiros da ilha Brava, de entre eles uma jovem da Brava que foi encaminhada de urgência para o hospital regional São Francisco de Assis, por a gravidez ser considerada de risco, e que acabou por dar à luz a bordo do navio, cerca de 20 minutos antes de chegar ao porto, o que levou os passageiros a manifestarem algum descontentamento.
Na nota, a ENAPOR explicou ainda que durante a pandemia do novo coronavírus, o navio Praia D´Aguada não tem feito carreiras regulares e com horários pré-definidos entre as duas ilhas, reconhecendo que há uma “grande dificuldade em se programar, com antecedência, uma boa gestão dos exíguos postos de acostagem existentes no referido porto”.
Por outro lado, apontou que a duração da viagem entre os dois portos é muito curta, e que esta situação não possibilitou a rápida desatracação e saída do navio de combustível de um dos berços de atracação do porto de Vale de Cavaleiros, a tempo de o navio de passageiros encontrar um espaço vago, para atracação e desembarque imediato dos passageiros que se encontravam a bordo.
A empresa que gere os Portos de Cabo Verde sublinhou ainda que o processo de interrupção e conclusão da descarga de combustível não se faz em minutos, uma vez que é preciso salvaguardar procedimentos e protocolos de segurança.
A ENAPOR avançou que a situação foi gerada por razões de ordem operacional num momento excepcional de congestionamento e consequente espera do navio Praia D´Aguada no porto Vale de Cavaleiros, tendo pedido a compreensão pelo desconforto causado aos passageiros e principalmente à parturiente e o seu bebé que nasceu vinte minutos depois de o navio ter saído do porto da Furna e antes de chegar ao de Vale de Cavaleiros.