Segundo o acórdão a que a Inforpress teve acesso, nos EUA aquele cidadão venezuelano, natural da Colômbia, vai ser julgado por oito crimes, sendo um de “conspiração para cometer lavagem de dinheiro” e sete de “lavagem de instrumentos monetários” referenciados no despacho da acusação dos autos e no pedido formulado pelo Ministério Público.
O Governo da Venezuela, num comunicado divulgado, considerou "arbitrária" e uma "violação do direito e das normas internacionais a detenção do empresário (de nacionalidade colombiana e venezuelana), pelas autoridades policiais cabo-verdianas, na ilha do Sal, ", tal como as "acções de agressão e cerco contra o povo venezuelano, empreendidas pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA)".
Por seu turno, a ministra da Justiça cabo-verdiana afirmou que a decisão sobre o pedido de extradição do empresário Alex Saab foi baseada num parecer do Ministério Público e que o Governo "não se intromete".
"Cabo Verde tem um dever de cooperar. Esse dever de cooperação é mais forte tratando-se de matérias ligadas a crimes relacionados com tráfico de droga e com lavagem de capital. Nós respondemos a um pedido de colaboração internacional e a partir daí o processo segue a sua tramitação judicial", afirmou a ministra da Justiça, Janine Lélis.