Os dois pescadores, pai e filho, que encontraram a embarcação, por volta das 11:00, alertaram as autoridades para o sucedido, tendo, com ajuda de um barco de pesca, “Santos Sebastião”, rebocado a piroga para o cais de Pedra de Lume.
Segundo o delegado da Saúde, José Rui Moreira, pelo estado de decomposição dos corpos, tudo aponta que deveriam estar ali, há mais de dez dias, e a morte, disse, deverá estar ligada à fome e sede, mas cada um morreu a seu tempo.
Na presença das polícias, judiciária e nacional, protecção civil, Instituto Marítimo e Portuário (IMP) e do delegado de Saúde, os cinco corpos foram removidos e transportados para o cemitério de Pedra de Lume, onde foram enterrados.
Segundo fonte da Polícia Judiciária (PJ), não foi encontrado nenhum documento de identificação destes cidadãos, na piroga, a não ser telemóveis, que vão ser submetidos à perícia dos informáticos da polícia científica local, por forma a encontrar alguns elementos, nomeadamente fotografias, número dos telefones (…), para se poder prosseguir com as investigações.
A embarcação será alvo de desinfecção, aguardando-se também pela acção do IMP, no sentido de ver quais os procedimentos a serem tomados.