Celestino Afonso fez este apelo durante uma conferência de imprensa para sensibilizar e chamar a atenção da população em relação aos cuidados e protecção em caso de situações complicadas, tendo em conta as chuvas do último final de semana. Novas chuvas poderão ocorrer este sábado e domingo.
“Nós temos acompanhado os centros de meteorologia internacionais que nos dá indícios que nas próximas horas, haverá formação de uma depressão tropical. Estamos aqui para fazer o alerta às populações a estarem cada vez mais atentas para a necessidade de evacuar a zona ou as suas casas caso vier a registar fortes chuvas na cidade da Praia”, recomendou.
O comandante pediu para as pessoas não “continuarem a tentar ficar em casa” para salvar os bens quando forem atingidas pelas cheias e sim tentarem salvaguardar as suas vidas e a dos seus familiares, abandonando imediatamente as suas residências.
“Temos recebido muitas chamadas no sentido de ajudar a tirar a água dentro das casas, mas aqui estamos a cometer um erro enorme. Para as pessoas que estão principalmente nas zonas de risco, ou de alto risco e que forem atingidas pelas cheias, muitas vezes não há muita coisa a fazer a não ser abandonar as suas casas e procurar um sítio seguro para se alojar até que as cheias passem. E mesmo passando é necessário não regressar às suas casas de imediato porque também há outros riscos associados à decorrência das cheias ou das chuvas”, alertou.
A geografia da cidade que apresenta algumas zonas ribeirinhas, encostas, zonas de cheias, explicou, eleva o número de risco porque as pessoas estão mais expostas às cheias e inundações.
Mas, há outros riscos como a electrocussão derivada das ligações clandestinas de energia, devido ao contacto das instalações eléctricas com a água.
Conforme advertiu o comandante, é “fundamental” que antes das chuvas a população contacte os serviços municipais de Protecção Civil através do número 534 73 02 ou os Bombeiros através do número 131.
“É fundamental que seja antes da chuva porque a prevenção tem que está em primeiro lugar, durante a emergência fica complicado. Neste momento estamos a fazer o levantamento de toda a situação das famílias que ficaram desalojadas e que tiveram alguns problemas relacionados com as chuvas, no sentido de serem realojadas em sítios mais seguros até que se encontre uma solução melhor, porque acima de tudo neste momento é a salvaguarda da vida humana” que mais importa, garantiu.
Ainda segundo Celestino Afonso há previsões de mais chuvas para este mês, tendo em conta que as depressões tropicais e os furacões têm-se formado cada vez mais no continente africano, ou próximo de Cabo Verde, com passagem possível pelo arquipélago.
Nesse sentido, chama a atenção para que a população esteja atenta aos muros de contenção de protecção, às árvores, sobretudo aquelas que residem nas proximidades dos canais de drenagem e das passagens de água. Isto porque podem obstruir ou os muros podem desabar colocando em risco as vidas humanas.