Carlos Santos fez esta declaração à imprensa, minutos antes de presidir à apresentação do programa “Tourism Recover”, desenvolvido pelo Instituto do Turismo de Cabo Verde (ITCV), em parceria com Accelerator Lab do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
“Entendemos e estamos a trabalhar neste sentido. São dois trabalhos distintos, mas como também é do conhecimento de todos estamos a fazer um esforço enorme com a nossa parceira na Cabo Verde Airlines e estamos a fazer tudo para que isto se coincida e vamos continuar a trabalhar neste sentido”, garantiu, fazendo referência que estão a criar todas as condições para a retoma do turismo.
É neste sentido que surge este programa “Tourism Recover”, sob o lema “Estamos prontos para vos receber – Cabo Verde é um Destino Seguro!”, que para o ministro é mais uma ferramenta para promover Cabo Verde como destino turístico neste tempo de pandemia do novo coronavírus.
Conforme explicou, foi criada uma plataforma que irá divulgar as principais medidas, protocolos e procedimentos que o Ministério do Turismo e o Ministério da Saúde têm estado a desenvolver, nos últimos três meses, no sentido de criar as condições mínimas a nível sanitário, administrativas e legislativas para um “ambiente de turismo seguro”.
“Cabo Verde enquanto um destino de turistas, já referenciado a nível mundial, tem que também seguir as boas práticas que estão a ser implementadas nos países e nos destinos turísticos, (…) não só medidas a nível dos hotéis, dos restaurantes, mas a nível legislativo, no que diz respeito aos critérios de entrada(..), mas também a nível da saúde”, apontou.
No quesito saúde, recordou a criação dos centros Covid-19 nas Ilhas turísticas do Sal e da Boa Vista para servir não só a população como também todos os visitantes para que todos que venham a Cabo Verde, neste momento, tenham noção de que estão a visitar um País num “ambiente de tranquilidade e, principalmente, de segurança sanitária”.
Ainda para impulsionar esta retoma, adiantou que foi lançado hoje um pacote de formação de consultores sanitários com o objectivo de criar competências nacionais para preparar os restaurantes, bares, e pubs para poderem receber os turistas.
Apesar de o ambiente na Europa e no mundo não estar “favorável” para permitir a circulação dos turistas devido a uma segunda vaga da covid-19, Carlos Santos assegurou que Cabo Verde não vai desistir de continuar a convencer os países emissores de que tem condições para receber os turistas em “segurança e com tranquilidade”.
Cabo Verde esteve encerrado a voos internacionais desde início da pandemia, em Março, mas em Agosto passou a fazer corredor aéreo” com Portugal para “voos essenciais” nos dois sentidos.
Contudo, desde o dia 12 de Outubro as fronteiras de Cabo Verde estão abertas aos voos comerciais internacionais, com os visitantes e turistas obrigados à apresentação de resultado negativo do teste PCR à covid-19, antes do embarque para o arquipélago.