O dirigente associativo junta estas reivindicações a de um teatro de qualidade sistemática nesta urbe e defende a tomada de medidas para que a Praia volte a ter o seu próprio teatro.
José Jorge de Pina disse que o projecto conservatória “foi aniquilado”, ao mesmo tempo que reclama um museu de arte contemporânea e financiamento “à altura” do Carnaval típico da cidade da Praia.
A nível do Carnaval, recordou que cidade teve um crescimento pujante nos anos 80, mas que a festa do rei Momo “foi politicamente interrompida”, porque “há gente que acabou com este Carnaval e os outros avançaram”.
“Se tivesse o desenvolvimento normal, hoje em dia teríamos um nível de Carnaval de alta qualidade, porque temos matrizes de cultura, suficientes para termos um nível bom, que nos agrade. Com alguma ajuda em termos de editais, Praia terá um melhor Carnaval”, referiu José Jorge de Pina, que atribuiu a quota parte à responsabilidade aos grupos carnavalescos em como poderia por de pé uma Liga de Carnaval.
No campo da música lembrou que se acabou com o concurso “Todo o Mundo Canta”, nascido nesta urbe, “sem que ninguém se preocupe em reerguer-lhe”, e advogou a necessidade de um espaço de cultura e lazer nesta cidade, afiançando que a Pró-Praia propõe que o espaço Sucupira seja transformado num grande fórum cultural.
Edifícios para teatro, música, oficinas para artesanatos e danças, bem como parque de diversão são as áreas que para a Pró-Praia devam afigurar-se neste Fórum Cultural, por forma a qualificar todo esta espaço com a construção de um grande complexo de lazer e de cultura, visando a construção de uma grande centralidade com espaços verdes.
Ao Estado, a Pró-Praia sugere a expropriação da zona Taiti, para que toda esta baixa seja reservada para espaços de lazer à volta de uma fontana, como uma nova centralidade que valorizaria muito esta baixa, em detrimento de cimentos e betões que, atestou, invadem à capital e a sua frente marítima.
“Alguma capital do mundo aceitaria esta situação? Os botes abandonados, sujidade toda em plena cidade capital, à sua frente marítima. Isto não é permitido em outras cidades do mundo, nem permitiriam construir hotéis no areal que tapam o ilhéu e a vista da cidade”, rematou.
A Praça do Palmarejo, transformada no “comércio fenício”, devia ter verde para equilibrar todo o cimento, defendeu o presidente da Pró-Praia, que levantou também preocupação quanto ao futuro do bairro da Cidadela.