A mandatária reagia assim às declarações de Filomena Gonçalves, que acusou o candidato presidencial José Maria Neves de “lançar suspeições” e “declarações irresponsáveis” sobre o uso de recursos públicos, para beneficiar candidatos nas campanhas eleitorais.
“Visitas que constituíram custos elevados para o erário público, e não tinham outra razão de ser nesta altura que não fosse a de fazer campanha eleitoral. A coincidência das agendas entre o governo e o candidato apoiado pelo MpD é impar, se isto não e utilização de meios públicos e violação da neutralidade e imparcialidade, então o que é ? Temos a visita oficial do primeiro-ministro a São Tomé e Príncipe, cerca de uma semana, com uma numerosa delegação incluindo representantes do poder local com pesados custos para o Estado fazendo doações num momento em que o código eleitoral o proíbe”, explica.
Maria João Novais, afirma ainda que o governo não tem sido neutro em relação a todas as todas as candidaturas.
''Temos uma completa colagem da figura do primeiro-ministro ao candidato apoiado pelo partido do Governo, aparecendo massivamente em outdoors espalhados em todo o país, em tempos de antena, pondo, de facto, em causa o distanciamento e a neutralidade que o governo deve ter em relação a todas as candidaturas. Temos a publicação em páginas da rede social de membros do governo, não estou a falar de páginas pessoais e o exemplo do vice-primeiro ministro onde claramente afirma " ku fé na Deus a partir de dia 17 de Outubro nho sta bai ser nós presidente ", exemplifica.
A campanha para as eleições presidenciais decorre até 15 de Outubro. As eleições estão marcadas para 17 de Outubro, com sete candidatos.